Pindamonhangaba registra maior seca dos últimos 10 anos e Prefeitura alerta sobre cuidados com a saúde e riscos de queimadas

Pindamonhangaba registrou os sete primeiros meses mais secos dos últimos 11 anos. Segundo levantamento da Defesa Civil do município, de janeiro a julho deste ano o índice pluviométrico do município foi de 492 milímetros e chegou ao menor nível desde 2015.
Preocupada com o quadro atual, a Prefeitura do município está alertando a comunidade sobre o risco de doenças respiratórias e aumento de doenças causadas por alergia, bem como sobre o aumento do número de queimadas através da ação humana.
Atenção com a saúde - A recomendação da Secretaria de Saúde, através de suas equipes em unidades de saúde, é de que as pessoas tomem bastante água, umidifiquem os ambientes domésticos e de trabalho e evitem as atividades físicas ao ar livre entre 10h e 16h.
Um dos maiores malefícios da baixa umidade do ar é o ressecamento das mucosas das vias aéreas, tornando a pessoa mais vulnerável a crises de asma, infecções virais e bacterianas, o sangue fica mais denso por causa da desidratação e favorece o aparecimento de problemas oculares e alergias, cansaço e dor de cabeça são sintomas que podem aparecer quando faltam água e sais minerais no organismo.
Devido ao tempo seco, os agentes causadores das alergias como poeira, poluição e pelos de animais ficam mais tempo suspensos no ar, fatores que aumentam doenças como rinite e conjuntivite.

Prefeitura informa como a população pode se prevenir
- Mantenha-se hidratado, mesmo sem sentir sede beba água
- Lave as mãos com frequência e evite coloca-las na boca e nariz
- Aplique soro fisiológico no nariz e nos olhos para evitar ressecamento
- Dê preferência a frutas ricas em líquidos como melancia, melão e laranja por exemplo
- Evite a prática de exercícios físicos entre 10h e 16h
- Outras medidas preventivas importantes são o uso de vaporizadores e manter a casa limpa e arejada utilizando-se de panos úmidos para limpeza

Alerta contra Queimadas
Outro alerta emitido pelo município em virtude do clima seco é o favorecimento da formação de queimadas. Nesse caso, a orientação é para que as pessoas não queimem resíduos – folhas secas, pneus e outros objetos - nas ruas e em terrenos dentro da cidade, o que, inclusive, é proibido por lei. Em caso de incêndio, o cidadão deve entrar em contato com o Corpo de Bombeiros através do telefone 193.
“Durante os períodos de estiagem a nossa atenção deve ser rededobrada. Queimadas são crimes ambientais e a população pode colaborar com a prevenção e com a fiscalização. Não joguem cigarros ou fósforos acesos às margens das rodovias e nem façam queimadas para limpar terreno ou eliminar resíduos diversos. Quem provoca incêndio em mata ou floresta pode pegar prisão de 2 a 4 anos e, ainda, pagar multa pelo crime ambiental previsto em lei”, afirmou o diretor da Defesa Civil, Michel Cassiano.
Qualquer cidadão pode denunciar o crime contra o meio ambiente tendo seu anonimato garantido. Se você tiver alguma denúncia sobre queimadas, a Prefeitura de Pindamonhangaba orienta que a denúncia seja feita com imagens comprobatórias através do Protocolo Digital 1 Doc e aplicativo E Ouve da Ouvidoria Municipal.
Segundo o Diretor de Defesa Civil, Michel Cassiano, o município está vivendo o período mais crítico do ano em relação a queimadas e incêndios florestais. “De junho a outubro vivemos a fase vermelha da operação ‘São Paulo Sem Fogo’ com significativo aumento do número de queimadas. Segundo dados, a cada 10 incêndios, nove tiveram origem da ação humana, como limpeza de terrenos e descarte irregular de lixo”.
Na última semana, agentes da Defesa Civil realizaram ações de conscientização na região central da cidade, buscando apoio da população para que nos ajude neste período crítico e em caso de emergência, acione os Bombeiros e a Defesa Civil de Pindamonhangaba atrás dos números 193 e 199.

Índice Pluviométrico em Pindamonhangaba - em milímetros
2025 - 492
2024 - 1414
2023 – 1407,5
2022 - 1220
2021 – 1283,5
2020 – 1444,5
2019 – 1291,5
2018 – 1302,3
2017 – 1174,1
2016 – 1290,9
2015 – 1339